segunda-feira, 29 de junho de 2009

O problema da segurança

Sempre fomos acostumados a tomar cuidado ao sair de casa, com o tempo passamos a tomar cuidado até mesmo em nossas casas e, agora, temos que nos preocupar com ladrões invisíveis, capazes de rastrear o nosso mais minúsculo passo na internet. Um fato com o qual podemos fazer essa análise é a partir dos sites de compras pela internet. Quem tem total segurança ao fazer uma compra pela internet? Temos a maior comodidade, conseguimos praticamente tudo o que queremos sem ter que contar com aboa vontade do vendedor e na maioria das vezes com o preço bem mais baixo. Essa pratica de compra on-line não "pega", ou melhor, com unanimidade, poerque quando somos assaltados pelo menos queremos ver a cara do ladrão. O ladrão on-line não deixa rastros, e na maioria das vezes o usuário comprador não toma as medidas de prevenção necessárias.

Todos usufruimos das comodidades da internet, pensamos que atrvés dela estamos seguros, mas na verdade estamos frente a frente com nosso inimigo, inimigo invisível e igualmente perigoso, e devemos tomar os cuidados necessários. A internet e os sites de compras, assim como uma faca, que serve para passar manteiga no pão ou assassinar um ser humano, deve ser utilizada com alguns cuidados e critérios.

sábado, 13 de junho de 2009

1984: As Relações com a Cibercultura.

O Livro 1984, escrito por George Orwell em 1948, faz uma crítica aos regimes totalitários (Nazismo, Fascismo e Comunismo), ao mostrar uma sociedade dominada por um governo onipresente. Um mundo onde a guerra é uma constante, necessária para manter os indivíduos unidos em torno de um inimigo comum (que ninguém sabe ao certo quem é porque está sempre mudando).
A figura do Big Brother, o homem atrás da tela, está em todos os lugares vigiados há todos o tempo todo. Mas é impossível saber se ele é alguém especifico ou apenas uma imagem usada para simbolizar aqueles que estão no poder.
Na Oceania (engloba a Oceania, América, Islândia, Reino Unido, Irlanda e parte da Ásia), onde vive Winston Smith, personagem principal do livro, as informações são mutantes e êfemeras, reescritas de tempos em tempos, para alterar os fatos dando-lhes novas versões, mais de encontro com os interesses do grupo dominante. As pessoas são levadas a Duplipensar, relativizar, pensar por dois pontos de vitas, usando sempre o que for mais conviniente para o momento. A Novilingua, uma lingua em construção, tem por objetivo reduzir o tamanho e o número de palavras como uma forma de limitar a consciência humana.
A oposição, os criticos, os divergentes, também são, em certos momentos, estimulados, fomentados pelo sistema, um “mal-necessário” para matê-lo.
É possível fazer relações entre o que é mostrado na obra de George Orwell, escrita há mais de 50 anos, e a sociedade em que vivemos e a que o futuro nos aponta, sob a égide da cibercultura[1].
O mundo ocidental, em tese democrático, em guerra contra o terrorismo, um inimigo sem rosto, sem nacionalidade, perdido em uma parte do mundo. Tudo que sabemos dele nós chega por meio das mídias (rádio, televisão, jornal e internet) nem sempre confiáveis.
Quanto mais nos inserimos na cibercultura, mais nos expomos, mais estamos à mostra. É a internet, os cartões magnéticos, as câmeras de seguranças, os celulares, etc... São muitas as maneiras de se ter acesso a tudo sobre qualquer pessoa.
Especialmente na internet, as palavras estão sendo encolhidas, cortadas, criando-se uma “nova língua”. Quanto menos se pensar, quanto menos se refletir, quanto mais rápido se digitar, mais ágil a comunicação.
Os não incluídos, os que se colocam a margem, o dissonantes, a oposição, tudo se ajusta a cultura pós-moderna. Todos exibem o grau de contestação necessária para manter o sistema.
Temos o Big Bhother, o reality show, o homem da tela vigiando e sabendo de tudo. Quem sabe essa seja apenas uma de suas facetas e ele esteja aqui nos vigiando, talvez nem nossos pensamentos sejam mais tão nossos quanto pensamos.
Isso pode ser apenas o começo rumo a algo tão perverso que leve o individuo a perder a liberdade de dizer que um mais um é igual a dois.



[1] Cultura contemporânea marcada pelo desenvolvimento tecnológico.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Ciberarte

Na década de 50, artistas influenciados pela cibernética começaram a criar obras de arte baseados em sistemas eletrônicos e tecnologias, que podiam se modificar com a interação do espectador. A partir daí, começam a surgir as primeiras obras geradas por computador, que pretendiam ser sistemas que possibilitassem a conexão entre meio, artista e obra. Houve, então, uma grande expansão do uso da tecnologia como ferramenta da arte.
A partir dos anos 80, alguns artistas contemporâneos começaram a se interessar e ampliar formas de artes já conhecidas e praticadas em menor número por artistas vanguardistas da década de 60 e 70. Com o advento de novas possibilidades tecnológicas - como a ascii arte¹, a música eletrônica, o e-mail arte, a body arte², a webarte e várias outras formas artísticas surgidas com a informática - novas características foram acrescidas à ciberarte.
A principal característica da ciberarte é ser uma arte aberta e interativa, criada com a utilização das novas tecnologias, como os computadores e as redes de comunicação. Nessa forma de arte não há uma delimitação entre autor e público. Na verdade, o público é convidado a interagir e a se tornar também artista.
A interatividade é palavra-chave nesse processo, que envolve colagens de informações, possibilidades hipertextuais, a não linearidade do discurso, etc. Essa arte reivindica a idéia de rede, de conexão. Pode-se falar, então, em uma arte da comunicação eletrônica. O objetivo é não criar mais uma arte em que o público pare em frente dela para somente observar. O maior objetivo da arte cibernética não é a exposição, mas a navegação, a interatividade e a simulação.
O espectador deixa de ser alguém que se encontra “fora”, apenas observando. Ele passa a ser não apenas espectador, mas também emissor. O apreciador da obra interpreta, experimenta, percebe e a sua estética de diferentes formas. A obra se torna algo de concreto a partir dessa interação. A arte interativa não é uma arte da representação com os materiais, nem uma arte de mídias. A ciberarte explora o comportamento dos sistemas artificiais, gerados pelo homem, exigindo uma interação profunda com o que está sendo experimentado, através das respostas dos sistemas.
Os meios e as técnicas provocam mudanças na percepção humana, afetam a maneira de conhecer o mundo, de como representar e transmitir esse conhecimento. Assim, as tecnologias digitais facilitam novas formas de pensar, de questionar valores, de produzir, reproduzir e propagar conhecimento.
A ciberarte acontece no ciberespaço. Esse ciberespaço se equivale à realidade virtual, onde os sentidos gerados a partir das tecnologias se aproximam do real. Uma das principais características da ciberarte é o pastiche. O pastiche pode ser visto como uma espécie de colagem ou montagem, tornando-se uma paródia em série ou colcha de retalhos de vários textos ou imagens.

Atualmente, a Web Arte apresenta-se como uma expressão com linguagem ainda em definição. Muito do que é produzido para a Internet, ainda parte de conceitos vindos de outros meios já existentes, como a pintura, a fotografia, o cinema e o vídeo. Apenas o que for produzido sendo pensado para a rede Internet pode ser chamado de ciberarte.
A imagem na ciberarte se enquadra no que Lucia Santaella e Winfried Nöth definem como o terceiro paradigma da imagem: o pós-fotográfico. Nesse paradigma, as imagens derivam de uma matriz numérica e são produzidas por técnicas de computador. O suporte para esse tipo de imagem é a combinação de um computador com uma tela de vídeo, mediados por uma série de programas.
Não há mais artista como produtor da imagem, e sim um programador. O ponto de partida para a produção da imagem pós-fotográfica já é uma abstração, visto que não existe a presença do real empírico em nenhum momento do processo. A memória do computador é o meio de armazenamento dessas imagens. A imagem pós-fotográfica se afasta das mídias de massa, e ssua transmissão passa a se através de contaminação.



¹ Forma de expressão artística usando apenas os caracteres disponíveis nas tabelas de código de página de computadores.
² Manifestação das artes visuais onde o corpo do artista é utilizado como suporte ou meio de expressão.




Alguns Blogs de Ciberarte:
www.11pixels.ciberarte.com.br
www.bruxismo.ciberarte.com.br
www.gatopreto.ciberarte.com.br
www.coisasderegininha.ciberarte.com.br
www.tripas.ciberarte.com.br
www.hq.ciberarte.com.br
www.doperi.ciberarte.com.br
www.dustetry.ciberarte.com.br
www.puredehuesos.ciberarte.com.br

Guilherme A. Fanslau e Carlos Augusto Ribeiro

terça-feira, 2 de junho de 2009

Cyberpunks e música eletrônica: alguns conceitos

Cyberpunks são indivíduos experts em internet que usam desses conhecimentos para se manifestar na rede, muitas vezes, de forma ilícita.

Os cyberpunks possuem certas características em comum como o fato de serem pessoas muito inteligentes e autodidatas, com grande fascínio em tudo que envolve informática e eletrônicos em geral como músicas eletrônicas, jogos online e sistemas operacionais.

Os cyberpunks também são conhecidos como hackers, crackers, ravers, zippies e otakus, dependendo de suas particularidades.

O termo hacker designa aqueles indivíduos que utilizam seu conhecimento para melhorar os softwares de forma legal. Já o termo cracker nomeia aqueles que utilizam desses mesmos conhecimentos para praticar a quebra de um sistema de segurança de forma ilegal.

O termo otaku é utilizado para referir-se àqueles indivíduos fãs de animes e mangas.

Os zippies unem o sentimento comunitàrio dos hippies com as novas possibilidades das tecnologias do ciberespaço.

Os ravers, se unem através da mùsica “tecno” misturada ao hedonismo do corpo e do espìrito pela dança. Eles se reùnem em mega-festas (as raves) com o intuito de dançar horas. Assim, a música eletrônica é de grande importância para este público. Os estilos desse tipo de música mais visados pelos ravers são o trance e o psy trance.

O trance foi inspirado na Acid house e no techno de Detroit. Ele surgiu com força total na Alemanha e Bélgica, tendo como característica principal a idéia de transe em que o ouvinte entra embalado pelas linhas de sintetizador repetidas ao longo das batidas da música, sempre com inspirações psicodélicas. Como exemplo de artista, pode-se citar o DJ Tiesto.

O Psy Trance é um ritmo com variações entre 138 a 150 bpms. O Psy apresenta um som sintético, com linhas de baixo rápidas e percussão forte.

Com o advento da música eletrônica, foi possível a qualquer pessoa que tenha algum conhecimento teórico sobre o assunto produzir suas próprias músicas, pois existe uma gama de programas de fácil acesso que permitem mais autonomia ao usuário que deseja criar sons e melodias.

Por fim, estes fatos relatados reforçam que as novas tecnologias fazem surgir um grande leque de conceitos, estereótipos e facilidades, tornando possível a todos serem artistas, produtores, programadores, personagens, enfim, tornando acessível quase tudo que, a pouco tempo, parecia ser um privilégio de poucos.


Por: Daniela Conegatti Batista, Laura Carniel Benin