WEB 2.0 representa uma evolução no sistema de comunicação na internet. Esse novo modelo permitiu que seus usuários interagissem na rede, proporcionando uma maior mobilidade de arquitetura dos sites e de comunicação. A WEB 2.0 não exige o conhecimento em HTML, ao contrário do que se via na WEB 1.0. A WEB 2.0 surgiu com a quebra de várias empresas ponto-com, em 2001. Esse novo conceito surgiu em 2004 em uma conferência de brainstorming da companhia com a MediaLive International nos EUA.
A internet como plataforma é a essência da web 2.0. É uma nova visão de utilização desse meio, deixando de vê-la apenas como uma rede de computadores. A plataforma dá funcionalidade e existência para os softwares. O Google é um aplicativo de busca e a internet é a sua plataforma. Ou ainda, o Iphone sendo a plataforma de diversos aplicativos/software desenvolvidos especificamente para rodarem nele. A Web como plataforma foi utilizada com um posicionamento estratégico, permitindo que o usuário controle seus dados. Outra grande inovação da web 2.0 foi à utilização de software livre, os quais os usuários apenas usufruíam desse serviço, sem ter que pagar por licenças. O Google surgiu com esse enfoque, sendo um aplicativo da web livre, no qual ganha com a publicidade. Ao contrário do Netscape, modelo da web 1.0, que segue o paradigma de software direcionando a obtenção de lucros com a venda de produtos para o consumidor.
Na internet temos a utilização da inteligência coletiva. A atividade coletiva de todos os usuários da rede é que ocasionou seu crescimento. A internet possibilitou a livre circulação de idéias. Os usuários adicionam conteúdo e sites novos que poderão ser acessados por quem tiver interesse. Os aplicativos disponibilizados pela internet tornam-se cada vez melhores conforme mais e mais gente os utiliza. Temos como exemplo o Google, a Yahoo!, a Amazon, a Wikipedia, entre outros. Na Amazon temos a postagem de comentários dos usuários sobre o produto, criticando ou elogiando os mesmos. Desse modo, o mercado se volta para o consumidor, e não mais para o vendedor.
Até hoje, todo aplicativo da internet precisa de um banco de dados que armazene suas informações. O gerenciamento de banco de dados já é disponibilizado pela web 2.0, sendo possível acessar esses dados em qualquer computador. Porém, surgem questões como a quem pertence os dados, pois já se teve casos que o controle sobre os dados levou ao controle do mercado, ou ainda a preocupação dos usuários com a privacidade e direitos sobre seus dados. Além disso, temos outra questão levantada na aula: até quando o Google conseguirá armazenar de forma segura os dados de seus usuários, já que na era atual temos a tendência de armazenar muitas coisas em nossa caixa de email.
Com a web 2.0 tivemos o fim de ciclo de lançamentos de software, onde ele passou a ser como um serviço e não mais como um produto. O Google hoje diz quais são as páginas de internet mais visitadas, para isso ele percorre a rede continuamente. A nova web exige uma manutenção diária. Na web 1.0 tínhamos o Netscape, o qual utilizou como estratégia, para dominar o mercado de navegadores, vender seus produtos a altos preços para os servidores. Porém, quando os navegadores e os servidores acabaram convertendo-se em commodities o interesse foi direcionado para os serviços oferecidos pela plataforma web e o Netscape perdeu seu espaço na web 2.0. Foi quando a Google explodiu.
Outra característica da web 2.0 é que ela não está limitada à plataforma PC. Seus aplicativos envolvem pelo menos dois computadores, um que hospeda o servidor web e outro que hospeda o navegador. Os aplicativos são serviços fornecidos por vários computadores. Tudo está conectado com tudo.
Um dos aplicativos mais interessantes desse novo modelo de web é o Google Maps, ferramenta muito difundida pelas sociedades. Os usuários podem usufruir livremente desse sistema, as empresas que desejam ter notoriedade desse aplicativo é que pagam para ter sua identificação no mapa. Ou seja, uma forma inovadora de publicidade.
Na web 2.0 vemos o estimulo da cauda longa através dos autos-serviços disponibilizados para os clientes. Antes a internet estava voltada apenas para os detentores de renda – 20%, porém com o advento desse novo mundo virtual começou-se a olhar para todos os usuários da rede 80%. Os consumidores que antes tinham acesso a um número reduzido de conteúdos passaram a ter uma variedade quase que infinita de novas opções. No mundo virtual temos a classificação de serviços na cauda longa pela quantidade de acessos recebidos, desse modo até blogs podem fazer parte dela. O Google AdSense foi um dos pioneiros nessa área, oferecendo espaço para anúncio a qualquer cliente. Ao contrário da DoubleClick que só anuncia produtos de grandes clientes (empresas).
Alguns pioneiros que representam os conceitos da WEB 2.0
Google: A Google detém hoje grande parte do info business e é hoje o que foi o navegador Netscape (que hoje tem o seu código aberto e é gerenciado pela Fundação Mozilla), porém não se trata de um navegador, nem um servidor. Como definir a Google? O seu constante aperfeiçoamento, independente de cronologia de mercado, o uso de anúncios em praticamente qualquer página na rede e o fato de não cobrar nada diretamente dos usuários pelos seus serviços a tornam o padrão da nova web. O autor arrisca uma definição: “a Googla acontece no espaço entre o navegador e a ferramenta de busca, e o servidor de conteúdo ao seu destino, como um intermediário entre o usuário e a sua experiência online.
Bit Torrent: A Bit Torrent representa o carro-chefe da nova forma de interagir na web, a descentralização. Cada usuário, além de fazer uso do serviço é um servidor, alavancando o serviço de download em velocidade e qualidade, no momento da pesquisa. Já a Akamai, representante 1.0 do serviço de download de arquivos mp3 adicionava servidores parar melhorar o funcionamento do software.
eBay: um site de vendas online, com representante em mesmo nível aqui no Brasil, o Mercado Livre. A qualidade dos produtos à venda é medida e colocada à prova pelos próprios usuários do serviço.
RSS: Assinatura que um usuário faz em sua página pessoal para ser notificado cada vez que a página assinada é atualizada. Essa interação não era possível na WEB 1.0.
Podemos perceber que em cada um destes exemplos, o site, ou aplicativo, ou software atua como intermediário de algum processo: download, compra, pesquisa, busca de informação. É isso que representa a web como plataforma.
Amanda Moreira e Julianne Maia